“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

sábado, 23 de janeiro de 2010

O CANIVETE

Para Álvaro Alves de Faria, meu amigo


com a ponta do canivete
que  minha amiga trouxe da suíça
ponho-me a espetar o poema

o canivete é o meu brinquedo
e o poema o alvo que procuro
divirto-me como um assassino frio
olhando o sangue que escorre lento
do coração das palavras
como se cada uma delas
fosse vítima do seu próprio significado

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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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