segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
FÁBRICA FECHADA
barulhos quietos
martelando sempre
sempre na mesma tecla
silêncio irritado
HOMENS MORTOS TRABALHANDO
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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___________________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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CONSTRUÇÃO
amálgama
alma alma
alfagama
alfama
alfômega
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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alma alma
alfagama
alfama
alfômega
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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domingo, 13 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
DECLARAÇÃO DE DESAMOR
"Se algum dia lhe perguntarem sobre coisas do coração,
você pode dizer: sim, tem um filho da puta que me ama."
- Wander Piroli -
esconjuro-te
&
juro
pelos mais sagrados nós das
minhas tripas
desamar-te para sempre
ainda que surpreenda
minha sombra
perdida
no meio da noite
atirando maçãs (*)
aos pés
da tua imunda
lembrança
(*) De acordo com o poeta José Paulo Paes, que foi exímio tradutor de poesia
grega, um homem atirar uma maçã aos pés da amada, na Grécia antiga, cor-
respondia a uma das significativas declarações de amor.
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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você pode dizer: sim, tem um filho da puta que me ama."
- Wander Piroli -
esconjuro-te
&
juro
pelos mais sagrados nós das
minhas tripas
desamar-te para sempre
ainda que surpreenda
minha sombra
perdida
no meio da noite
atirando maçãs (*)
aos pés
da tua imunda
lembrança
(*) De acordo com o poeta José Paulo Paes, que foi exímio tradutor de poesia
grega, um homem atirar uma maçã aos pés da amada, na Grécia antiga, cor-
respondia a uma das significativas declarações de amor.
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
OUTRO SONETO DO CADERNO DE KARLA
Ai, minha amada me perdoa
Pois embora ainda te doa
A tristeza que causei:
Eu te suplico, não destruas
Tantas coisas que são tuas
Por um mal que já paguei."
Da canção Apelo,
do poeta Vinícius de Moraes,
com melodia do violonista Baden Powell
quando te ponho na cama de bruço
depois de olhar teus olhos de princesa
e de vez espantar toda a tristeza
e ir-me toda a dor em teu soluço
sou menino de novo a cada orgasmo
amo-te tanto... perco a minha vida
nesta paixão tão cega e desmedida
e sem querer assim vejo-me pasmo
esqueço as tropelias do caminho
desta minha vida tão desregrada
porque vejo-te rosa nunca espinho
mulher amante mãe e namorada
e eu que era louco e tão sozinho
ponho-me a teus pés ó sempre amada
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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Voz de: eduardo roseira
Imagem de: Lenço de Namorado na região do Minho/Portugal (coleção de eduardo roseira)
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
"(parte-)Chão,"
(aqui.)
estaca.
(letrada)sempre-cravada
estaca.
da ata por mapa de ti em linha não-aceita
(palavra.)
à ponta dos casos que se perdem
à lua inteira. caída. e.
aqui..
ruas.
pertencidas, pois de curvas
às rodas tardias por um deslize rompido de contas
e
o
asfalto se torna..
quimera-margem de erro e forma
listagens de cenas(de antes)
cenas servis
à mente
(ao instante)
que trabalha no minuto que precede este fim
o
tempo. mero-prevenido por busca
por
alivio de ar em. fuga
à
consumida lareira(dos olhos, e) de dor
(treva-névoa,)
parte.
queda-rompida. em.
espaço
(tarde)
ou.palco,
em
algo.
em
lado que re-parte
à mente
que te vê um pouco(e) mais
e
imagem, tua, última, e.
sendo
à letra morta (e)que te jaz.
(aqui.)
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(Alex Moraes)
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