segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
SONETO ADAPTADO DE UMA CRÔNICA POLICIAL
trazia em si a alma triste dos espelhos
e sem ser bela era de todas a mais bela
no rosto pálido nas curvas nos joelhos
no riso triste como a chama de uma vela
a pouca graça que exibia era só dela
mas seduzia dos mais moços aos mais velhos
graça de moça emoldurada na janela
a mostrar os lábios vermelhos tão vermelhos
que a tentação se transformou num caso sério
enlouquecido o farmacêutico eleutério
largou família e foi bater na sua porta
se catarina ou esmeralda pouco importa
o que se sabe é que no fim acabou morta
virou manchete de uma história de adultério
18-02-13
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Júlio Saraiva
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A Morte não é Nada
ResponderExcluir" Santo Agostinho "
"A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."
A você mestre poeta, meu eterno carinho, Lu