“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

AI, MENTIREIRO

Andava meu senhor e cavaleiro
A cantar pelas ruas, estranho andor,
Suas façanhas. Mas de tão mentireiro
Era c'o vinho que se achava maior.

Andava meu senhor e cavaleiro
A esgrimir sua espada por amor.
Dizia ele! Mas era tão mentireiro!
Fingia dotes, forças, falso ardor
P'ra deixar sua dama no braseiro.

Andava meu senhor e cavaleiro
A gabar os seus dotes de valente
Mas era cobarde! Ai, mentireiro
Sempre de lado, nunca de frente.

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Maria da Conceição Roque da Silveira,
Braga - Vila Verde -, Portugal
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