Tiveste um nome uma vez
tiveste um nome
com ramos ferozes na entrada
O campo cedeu sob o peito inchado
do céu no seu meio
Gorda a feira do céu expondo 
metais sobre a terra pontas de 
antenas bicos calando a prata 
Lá trabalhei
tive um nome em batalha 
Manteve 
De açúcares-pardo seu cheiro 
velhos fechados nos móveis 
hóstia doce trazida no bolso- a vigília
as patas da vaca pegada com deus
úmida ao atropelo da morte nos homens
De urina grávida: afeto de fora 
feito nas traições estrangeiras 
Narinas da rua onde a vila não mora 
chamavas apenas parte
Tudo por água quintal acácia 
por mim por mim
Eu tive um nome uma vez
arejado, quarando um país de mulher 
na luz inteira da 
boca aberta em cães de passagem.
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Adriane B.,
São Paulo, Brasil
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com apenas três anos de atividade literária, adriane surpreende a cada poema. não tem medo de ousar. é amiga íntima das palavras. tão íntima que chega a transformá-las em argila para, mais do que escrever, esculpir um poema.
ResponderExcluirbeijo, drica.
j.