“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

sábado, 26 de dezembro de 2009

de Ofício- VII

I-

Repara/ o gato olha sem fundo/se reparar o gato/ a cabeça nas palmas/ roça também pelas quinas de mesas/ um bicho quente fazendo-se acarinhar/pelo frio das coisas é isso indistinto/repara escrever/ escrever é juntar pelo corpo um colar de carinho das/coisas sem vida.

II-
Escrever pra formar o outro

dizer a cabeça do outro formado

Quando deitar a cabeça

ser irmão



por visitar

-o pai deixou descobrir o mundo.


III-
poesia

alça do furacão princípio acontecendo contínuo girando o olho-originando origirando o cimo dos genuínos gerúndios do estado da terra em ciranda-o indo, indo afundando a mentira-feijão entrando a terra

a terra, Antonio?

Deus quem mentiu comigo


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Adriane B.,
São Paulo, Brasil
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