“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

SONETO

Às vezes sou louça fina,
às vezes barro grosseiro.
Às vezes deito menina
e choro no travesseiro.

Às vezes me acho na esquina
à caça de aventureiro
e digo que a minha sina
é dar por qualquer dinheiro.

Às vezes sou Colombina,
cheirada de cocaína
no fogo de fevereiro.

Às vezes sou peregrina,
tão frágil, tão pequenina
rezando p'lo mundo inteiro.

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Annabárbara Lins,
Rio de Janeiro, Brasil
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