“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

SERVE-ME

Toda tua terra molha a desordem cobre e para
Provo aos bocados de um gênero ácido
Chove essa insatisfeita por força chinesa, louça, ladra
Certa e lama, a palma sobe
quando anoitecem quintais pelos rumos do arame

Consigo ver, se não ouço a música
A palma agulha
Dois dos sentidos forçam-me a cata de três
se um era teu, nada sabe
no passo foi-se travando à urna virando falha
Ainda a ciranda da véspera queima, muge a memória
de um outro homem
Consigo ver, se não ouço a música
Qualquer música apaga a certeza de um manco
Serve-me aqui de chão serve-me perna ou me alastro
Um vento dissimulado, por tudo,
esparge a fuga

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Adriane B.

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