“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A LUZ

Devagarosa a luz,
a luz, tão negra, vacila, cai
de bruços derreada:

arrefece o olhar,
rasura, cega; e pára, brusca-
mente: ao rés do nada.

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Domingos da Mota,
Vila Nova de Gaia, Portugal
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2 comentários:

  1. é difícil encontrar, hoje, quem trate as palavras com um cuidado tão delicado. um belo poema, Domingos.

    abraço

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  2. Júlio,

    Obrigado pela divulgação deste "A Luz".

    Mário Osório,

    Ora de forma delicada, ora agreste, as palavras não sentem: socorrendo-me do Pessoa, «sentir, sinta quem lê». Mas sinto que é um leitor generoso nos seus comentários (já que, felizmente, há bem melhores do que eu a cuidar das palavras). Só me resta agradecer-lhe.

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