“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

DESENCONTRO

A sua lembrança me dói tanto
Que eu canto pra ver
Se espanto esse mal
Mas só sei dizer
Um verso banal
Fala você
Canta você
É sempre igual
Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem cor jogado aos meus pés
E saudades fúteis
Saudades frágeis
Meros papéis
Não sei se você ainda é a mesma
Ou se cortou os cabelos
Rasgou o que é meu
Se ainda tem saudade
E sofre como eu
Ou tudo já passou
Já tem um novo amor
Já me esqueceu

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Chico Buarque de Hollanda,
do Brasil, do Mundo
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Um comentário:

  1. sabemos somente de nós mesmos!

    Mais uma linda...ele é mesmo um poeta!


    beijinho Julio meu amigo!

    ISa.

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