cansei de respirar o ar podre
dessas manhãs
todas sempre iguais
cansei dessas madrugadas inúteis
que não me levaram a canto algum
quando olho meu rosto no espelho
descubro como estou mais velho
: sou o retrato de dorian gray ao contrário
a cada dia que passa constato
que meu destino será o mesmo
de antero
sylvia plath
torquato neto
ana cristina cesar
só não defini como vou fazer
há que se ter critério e cuidado
até nisso
fumo... olho os livros mudos
nas prateleiras
eles me olham com olhos cúmplices
meus livros...
penso nas mulheres que cruzaram
meu caminho
o que as pessoas vão fazer
pensar ou dizer de mim
foda-se
só não digam que fui bom
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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dragão-de-komodo, uma lambida.
ResponderExcluirsalve, tiago. o currupião agradece a visita.
ResponderExcluirj.