um poste calado
em sua dura solidão
de poste
uma calçada ador-
mecida em seus
buracos
uma igreja fechada
sem ouvidos para
orações ou milagres
um casal em de-
lírio que se ama
no muro
um latido de cão
um carro que
passa
um homem trôpego
que sonha navios
perdidos no mar
uma lua no céu
sem nenhuma
importância
um segundo homem
andrajoso que insiste
em viver
(de bicicleta a morte
passa assobiando um
samba-canção)
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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Ju, a morte ronda...mas, teu poema é cheio de vida.Beijo doce.
ResponderExcluirká,
ResponderExcluirum retrato noturno desta rua que um dia você vai conhecer.
outro beijo doce,
ju