“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

POEMA SEM DESTINO



esta dor que dói
como o sótão vazio
de uma casa abandonada
este olhar sujo de ruínas
estas palavras doentes de significados
este meu país desconhecido
sem nome sem bandeira
sem coração
que não aparece em nenhum mapa



07-05-12
__________________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
___________________

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Querido poeta,
    leia como soam bem as suas palavras na tradução italiana.

    Poema senza destino

    questo dolore che duole
    come la soffitta vuota
    di una casa abbandonata
    questo sguardo sporco di rovine
    queste parole malate di significato
    questo mio paese sconosciuto
    senza nome senza bandiera
    senza cuore
    che non appare su nessuna carta

    Gostei muito, como sempre.

    Aceite um abraço sincero da Itália,
    Manuela

    P.S. Você já leu a tradução de "Minha Poesia" que lhe enviei no Luso? Espero que goste.

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  3. manuela,

    adorei a tradução.primeiro,gosto da língua.e o principal:tenho ungaretti como dos meus poetas favoritos. ficaria feliz, conhecendo a tradução do Minha Poesia também.
    carinho,
    j.

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  4. Também gosto de Ungaretti:
    aqui a sua voz lendo o poema "Non gridate più"

    http://www.youtube.com/watch?v=AMIGh6Iq4os&feature=related

    Abraço,
    Manuela

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