“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

POEMA A OLHO NU

teu olho nu
ilude o poema

(iludes as palavras
:estrelas presas
na lente do telescópio
que não tens)

navegas
por turbulentos mares
de vírgulas
exclamações te ufanam
interrogações te protegem
como um exército
armado de dúvidas brancas

que importa
a hora
no relógio
do antigo mosteiro
se dentro
deste teu olho nu
o tempo deixou
de existir?

(que importa o tempo?)

a sarjeta descobre-te
a sarjeta deseja-te

melhor assim
:olho por olho
elas por elas

________________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
________________

Um comentário:

  1. Vim matar a saudades da
    tua escrita, o blog está lindo
    como sempre, profundo e forte
    teu poema!

    beijinho.
    Isa

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