“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CARTA, QUASE POEMA PARA ANTÓNIA RUIVO, MINHA AMIGA

hoje
e bem hoje amiga
eu não devia escrever nada
mas falta-me o sono
palavra que tenho não vale o poema
e a voz se me vem
sai engasgada
porém acho guardados nas prateleiras
os poetas que mais gosto
passam por mim drummond e bandeira
passa a sophia
com aqueles olhos tão lindos
que por si só já eram poesia
passa a alegria
passa o vinícius
passa o o'neill
ambos imersos em bebedeiras
e passa o torga
e o quintana vem
passa a cecília
passa o gullar
tu passas e a madrugada já vem
só eu nesta vida
é que não passo meu bem

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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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3 comentários:

  1. Também, com tantos poetas magníficos assim, a permear a madrugada tua, só poderia dar nisso - um poema cheio de emoções...
    Abraços

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  2. e não passe mesmo, Julio, fique compondo seus belos poemas!...

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  3. Passei por aqui e senti-me em casa, um beijinho poeta.

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