Beijo os lábios da fonte pra beber
o sorriso que brota dos seus olhos:
trago a sede e a fome de o ver,
de sentir um sorriso sem antolhos
que me encharque de luz como se cego
levado pelo faro do seu cão,
sorriso que ilumine e aqueça o ego
tal como se massaja o coração.
E na bica da fonte apuro o fio
que sacia e refresca o pensamento,
por vezes é a chama de um pavio
que resiste apesar de tanto vento:
e assim alimento e mato a fome
quando a sede é demais e me consome.
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Domingos da Mota,
Vila Nova de Gaia, Portugal
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