Andava meu senhor e cavaleiro
A cantar pelas ruas, estranho andor,
Suas façanhas. Mas de tão mentireiro
Era c'o vinho que se achava maior.
Andava meu senhor e cavaleiro
A esgrimir sua espada por amor.
Dizia ele! Mas era tão mentireiro!
Fingia dotes, forças, falso ardor
P'ra deixar sua dama no braseiro.
Andava meu senhor e cavaleiro
A gabar os seus dotes de valente
Mas era cobarde! Ai, mentireiro
Sempre de lado, nunca de frente.
_______________________________
Maria da Conceição Roque da Silveira,
Braga - Vila Verde -, Portugal
_______________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário