No Beco dos Prazeres
beijo a boca da mulher
que nunca mais verei
No Beco dos Prazeres
abro minha camisa branca,
como se desejasse abraçar o mundo.
No Beco dos Prazeres
vejo a paisagem do corpo,
como se descobrisse
o poema
entrelaçado nos dedos.
No Beco dos Prazeres
fico a adivinhar os presságios
que me caem sobre os ombros.
No Beco dos Prazeres
alimento a ausência de mim,
tento me descobrir
e me esqueço.
De 20 poemas quase líricos
e algumas canções para coimbra
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Álvaro Alves de Faria,
São Paulo, Brasil
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