sexta-feira, 6 de novembro de 2009
CANTO DE AMOR AO RIO DE JANEIRO
in voz: http://www.clesioboeira.com/meump3/ESPEC-julio-canto-amor-ao-rio.mp3
Ao poeta José Silveira, amigo e irmão - consagro
a maior declaração de amor que tiveste
saiu da pena de um pernambucano
o gordo antônio maria - jornalista
cronista e compositor
que certa madrugada caiu fulminado por um enfarto
numa calçada em frente a um restaurante
em copacabana
na flor dos seus 43 anos
resultado dos incontáveis croquetes e empadas
regados a generosas doses de uísque
prazerosos venenos que podem fazer mal ao corpo
mas fazem um bem danado à alma
"Rio de Janeiro, gosto de você
Gosto de quem gosta
deste sol, deste mar, desta gente feliz..."
- rezam os versos do bom Maria em Valsa de uma Cidade
rio quanto não bebi do teu mar
rio amado rio
paulista que sou deixa-me chamar-te meu rio
não importa que me caia a maldição
da garoa da terra onde nasci
rio meu rio
quantas vezes meus olhos namoraram
teu cristo redentor à distância
teu cristo enormes braços abertos
convidado-nos a todos para um abraço de paz
meu pavor por altura impediu-me amar-te de perto
nunca andei no bondinho do pão de açúcar
mas conforta-me saber que o pai sempre perdoa
e abençoa o filho mesmo pródigo
lembro-me dos filés no lama's que não existe mais
amarelinho veloso antonio's
tudo é passado mas tão presente dentro de mim
o chope honesto
o luxo da vieira souto
a pobreza da favela
a beleza cheia de graça das tuas garotas de ipanema
hoje não tão garotas assim
méier arpoador barra leblon
tijuca jardim botânico
as casinhas humildes de olaria
quase todas iguais
os arcos da lapa -berço da malandragem que não conheci
o milésimo gol de pelé
saído de uma penalidade contra o vasco da gama
só podia acontecer mesmo no maracanã
o maior do mundo
amo-te meu rio amo-te
amo-te mais do que o meu amor supõe
por isso rogo a são sebastião
em cujo dia consagrado comemoras tua fundação
que te guarde sempre das flechas da desigualdade
saravá são sebastião! okê odé!
por isso rogo a são jorge
teu padroeiro de fato
que te defenda do dragão da maldade
saravá são jorge! ogunhê!
por isso rogo a todos os santos e orixás
proteção a ti meu rio
saravá minha portela! águia guerreira
copacabana me engana
copacabana eterna princesinha do mar
amo-te meu rio!
(Obrigado, Silveira!)
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
declamado pelo poeta José Silveira,
Niterói, Rio de Janeiro, Brasil
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Querido Silveira,
ResponderExcluirdizer que não tenho palavras é mentira. tenho, sim. tenho um oceano de palavras. não sabe a alegria que você me deu lendo este poema que escrevi para o seu, para o nosso amado Rio de Janeiro. consagrando este poema, escrito para você já tem bem um tempo, estou estendendo o meu amor a todo o povo deste Rio, a cidade mais linda do mundo. chega de onda. não sei mais o que dizer, não. melhor ouvir. um beijo, meu irmão.
júlio
eu é que serei eternamente agradecido, cara. se hoje pude fazer o amigo feliz, tomo um porre. comemoro. amanhã; bem, é ressaca. aí vou dormir, mas sorrindo
ResponderExcluirum beijo amiguirmão.
Silveira
junto-me nesta saudação aos poetas, e ao Rio de Janeiro, deste lado do oceano, e bebo um Porto.
ResponderExcluiramigo e poeta domingos da mota,
ResponderExcluirobrigado por estar aqui. só não posso acompanhá-lo no porto porque aqui é muito caro. mas para mim é das bebidas mais sagradas da face da terra. o porto é fabricado no céu, só pode ser. e pelos anjos do primeiro time.
salve, da mota!
júlio
Olá amiguirmãos,daqui fala do "céu", com as Caves do Vinho do Porto, mesmo ao lado de casa...depois de lido o texto/poema e ouvido pela magnífica voz do Silveira, que mais podia ter feito senão brindar, à poesia e aos elos de amizade que me chegam dessa linda banda do Atlãntico, no bico do Currupião.
ResponderExcluireduardo roseira