venho aos tropeções lá do meu passado
as lembranças que trago são ruínas
restos do que deixei pelas esquinas
luz morta de um olhar despedaçado
trago no bolso o pavor do enforcado
mais um destino feito de mil sinas
duas navalhas com lâminas finas
nas minhas mãos os frutos do pecado
de mim mesmo nada tenho a oferecer
meu pouco de bom foi parar no lixo
meu são francisco até fugiu do nicho
porque por mim nada tinha que fazer...
hoje respiro apenas por capricho
ou - quem sabe? - por vergonha de morrer
12-06-10
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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Belo este soneto, lembrando o passado. Lembranças que sobrevivem na memória povoada
ResponderExcluirainda de esperança, como um jardim que aguarda
que a água caia, prestes a anunciar o desabrochar de suas flores. A vida vale sempre a pena mesmo com desencontros, e caminhos molhados ou escorregadios.
abraço, bom domingo
natalia
natalia,
ResponderExcluirseja bem vinda ao currupião. quero agradecer sua prsença e o seu comentário. venha sempre.
um grande abraço,
j.
Júlio,
ResponderExcluirbelo soneto de lembranças e tanto para nos ofereceres das tuas palavras, que mesmo duras de ti te tornam ainda maior.
bj
Duda
linda,
ResponderExcluirvocê é um encanto mesmo.
um beijo bem grande.
venha sempre por aqui.
júlio
Revisitar a tua escrita é como uma aventura numa cave onde estão alojados vinhos de elevada qualidade. Ao virar da esquina é certo o encontro com um néctar que nos aquece e alimenta a alma.
ResponderExcluirAdmiração profunda e amizade
Marco
marco,
ResponderExcluirsaudade de você. que bom tê-lo aqui. você será sempre bem-vindo.
abraço forte, amigo.
j.