“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

LUZ PERPÉTUA

para Manuel Bandeira (do Brasil), como queria Drummond

"Sou bem nascido. Menino,
Fui, como os demais, feliz.
Depois, veio o mau destino
E fez de mim o que quis."

(Manuel Bandeira, in A Cinza das Horas)

"Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" -"Não foi!"

(M.B., in Carnaval, poema declamado pelo poeta Ronald Carvalho,
durante a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo,
em fevereiro de 1922. Recebido sob vaias, por um plateia burguesa e moralista, fez valer a Manuel Bandeira
o epíteto de "O São João Batista do Modernismo".)


Por ocasião da Primavera,
o conselho supremo dos patos
do lago do Ibirapuera
pede um minuto de zoeira
em solene homenagem aos sapos
do poeta Manuel Bandeira.


_____________________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
_____________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhe o Currupião