O'Neill (Alexandre), moreno português
cabelo asa de corvo; da angústia da cara,
nariguete que sobrepuja de través
a ferida desdenhosa e não cicatrizada.
Se a visagem de tal sujeito é o que vês
(omita-se o olho triste e a testa iluminada)
o retrato moral também tem os seus quês
(aqui, uma pequena frase censurada...)
No amor? No amor crê (ou não fosse ele O'Neill!)
e tem a veleidade de o saber fazer
(pois amor não há feito) das maneiras mil
que são a semovente estátua do prazer
Mas sofre de ternura, bebe demais e ri-se
do que neste soneto sobre si mesmo disse...
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Alexandre O'Neill
Portugal
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não me importa, amigo mario, que não achem isso dele. para mim, dos contemporâneos, alexandre o'neill foi o maior poeta português.
ResponderExcluirjúlio