Sentei no bar,
Bebendo o dia
Sem sabedoria.
Todas as segundas
São feitas de nada.
O recomeço insensível
Da utopia.
O vazio do copo cheio
De solução.
Bebi,
Brindei
Comigo mesma
O fracasso.
O passo infame
Para dentro da garrafa.
A agonia que não passa pelo
Gargalo e engasga na
Garganta seca de amor,
De coisas que esqueço
Naturalmente por desuso
E falta de emoção.
Toda segunda-feira
É um estrondo no ouvido,
Uma bomba implodindo.
Estilhaço num riso sem amanhã.
Escrevo algo no guardanapo.
Tomo mais um trago.
Quem vai pagar a conta
Dessa dor?
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Karla Bardanza
Rio de Janeiro, Brasil
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