“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

sábado, 8 de janeiro de 2011

UM SONETO DE AMOR

meu bem sou só um poeta de rua
construído por mais de mil fracassos
e teimoso inda sonha com a lua
prostituto de todos os abraços

e pouco sei aonde vão meus passos
basta imaginar uma mulher nua
a meninice volta e continua
eu me desato de todos os laços

se sou pervertido? é só sorte tua
e mesmo tendo esta linguagem crua
fruto de todos os meus cansaços
sempre estou voltando para os teus braços

se mau amante sou pior amigo
se é pra morrer quero morrer contigo

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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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2 comentários:

  1. júlio,

    quase que tenho medo de dizer o que não devo.

    diante deste soneto, fico no silêncio, saboreando todas as imagens e aplaudo.

    aquele beijo

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