o amor dura sempre enquanto arde
e mesmo quando as cinzas já estão frias
o amor nem é cedo nem é tarde
o amor nunca tem as mãos vazias
o amor qual relâmpago à solta
atravessa a galope o coração
(e deixa tantas vezes a revolta
na boca e na lava do vulcão)
o amor pode ser o desengano
ou o delta de um rio até ao mar
o amor que se veste sem um pano
e apetece despir e mergulhar
o amor permanece enquanto houver
sede e fome entre o homem e a mulher
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Domingos da Mota,
Vila Nova de Gaia, Portugal
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