- para aquelas que embalam seus filhos mortos
suspiro de mulher cansada
na solidão nublada do quarto
um berço imaginário e vazio ao lado da cama
um choro feito de silêncio - e só
ardendo bem lá no fim-do-mundo da memória
lágrimas deixaram de ser lágrimas
mas o tempo impiedoso insiste
em traze-las de volta - sempre...
de que serve o poema nessas horas?
11-05-12
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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GIORNATA DELLE MAMME
ResponderExcluir- per quella che ha perso suo figlio
sospiro di donna stanca
nella solitudine annebiata della stanza
una culla immaginaria e vuota accanto al letto
un pianto fatto di silenzio – e solo
bruciando là fino all'estremo confine della memoria
le lacrime han cessato d’esser lacrime
ma il tempo impietoso insiste
a riportarle indietro - sempre…
a che serve la poesia in questi momenti?
(tradução de Manuela Colombo)