terça-feira, 15 de maio de 2012
BALADA DO TEMPO PERDIDO
- Para Cristiane
no tempo dos meus aniversários
- e aí já vai tanto tempo
eu brincava de ser alegre
disfarçava esta cara amarrada
dava um pontapé na gramática
e chorar não chorava
no tempo dos meus aniversários
minha mãe me trazia carinhos
meu pai me chamava de anjo
minha avó que era mãe da minha mãe
me amava em silêncio
como se eu fosse uma história
com um final bem feliz
e por isso não tinha final
no tempo dos meus aniversários
que eu já não me lembro quando
eu vivia tão distraído
tão longe das coisas do mundo
que um dia meu bem num segundo
me vi morto na contramão
no tempo dos meus aniversários
eu juro meu bem eu juro
eu não era assim tão cansado
14-05-12
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Júlio Saraiva
São Paulo, Brasil
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BALLATA DEL TEMPO PERDUTO
ResponderExcluir- per Cristiane
al tempo dei miei compleanni
- ed è stato tanto tempo fa
io fingevo d’esser lieto
nascondevo questo viso accigliato
davo un calcio alla grammatica
e piangere non piangevo
al tempo dei miei compleanni
mia madre mi recava carezze
mio padre mi chiamava angelo
mia nonna che era mamma di mia mamma
mi amava in silenzio
come se io fossi una storia
con un bel lieto fine
e perciò non aveva fine
al tempo dei miei compleanni
che ormai non mi ricordo quando
io vivevo così distratto
così lontano dalle cose del mondo
che un giorno mia cara in un secondo
mi vidi morto contromano
al tempo dei miei compleanni
io giuro mia cara io giuro
io non ero così tanto stanco
(tradução de Manuela Colombo)