só por acumular erros antigos
já nem dou conta que a velhice é fato
ao longe avisto amadas e amigos
todos sorrindo no mesmo retrato
não temo a morte nem temo castigos
vou procurando manter-me sensato
planto maçãs onde nasciam figos
se hoje ressuscito amanhã me mato
torto é meu andar como este soneto
pouco se me dá se é de pé quebrado
a linha reta transformei em arco
não quero regras nem branco no preto
sou absoluto não troco de lado
navego só por conta do meu barco
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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"não quero regras nem branco no preto
ResponderExcluirsou absoluto não troco de lado
navego só por conta do meu barco"
então, pois é também gostei :)
grata por seu bem-vinda
Espetacular
ResponderExcluirSer sem medo de contradizer
Adorei!
beijinho Isa.
misteriosa yvy,
ResponderExcluirtudo o que escrevi neste soneto, embora nem sempre meus escritos sejam autobiográficos - esforço-me para isso -, é a minha mais pura verdade. não retiro uma palavra ou letra.
carinho,
j.
isa,
ResponderExcluireste soneto não é tão novo, mas lhe posso garantir que continua atual. na minha idade, não há muito que mudar.
afeto,
j.