Não! Não foram os raios que me pariram
naquela noite de ventos e águas.
Foste tu Mãe! Sozinha no quarto branco
com dores a rasgarem o céu.
De fêmea tornas-te mais mulher
quando tiveste a força da espada
e a certeza do poema,
enquanto os punhais te rasgavam o ventre.
E nasci da tua fortaleza
maior que os urros do vento
mais poderosa que a chuva
a estuprar os vidros.
Não! Não foram os raios que me pariram.
Foste tu Mãe! Com gritos a entrarem no mundo
e um azul do sul a chorar alegrias no teu cabelo.
________________
Eduarda Mendes,
Lisboa, Portugal
________________
este poema é mágico. divinamente mágico.
ResponderExcluirbeijo, duda.
j.
eu é que agradeço.
ResponderExcluirbj