lá vai artur,
lá vai
com um rolo de serpentinas
na mão.
lá vai artur,
lá vai
vestindo a fantasia,
que é o desengano
por um dia,
da máscara que usa
ao longo do ano.
lá vai artur,
lá vai
com um molho de confetis
junto ao coração.
lá vai artur,
lá vai
a caminho do salão,
levando por vontade,
a de num dia só,
tirar desforra
de 364 de ilusão.
lá vai artur,
lá vai.
cerveja e mais cerveja,
afogando as acumuladas mágoas
da luta por um lugar ao Sol,
entre intrigas
e muita, muita inveja.
lá vai artur,
lá vai
dançando ao som
das notas musicais
da “banda realidade”.
dança.
requebra.
balança.
samba após samba
entre risos,
confetis,
serpentinas
e imensa alegria.
.................................................
...até que...
raios!
a “realidade” tocou
o seu último samba.
já é dia.
que castigo.
caramba!
.................................................
lá vai artur,
lá vai.
fantasia trocada.
agora trajando
fato,
gravata
e sapato a condizer,
p’ra ninguém dizer mal
nos dias e dias
deste imenso carnaval.
lá vai artur,
lá vai........
eduardo roseira - VNGaia - Portugal
tão brasil este seu belo poema, roseira...só me resta dizer obrigado.
ResponderExcluircarinho,
j.
Não vi Artur!
ResponderExcluirNão vi nenhum Artur
com latinha de cerveja na mão.
Vi confetes espalhados pelo chão.
E a angústia presa ao cordão em desatino.
Não vi nenhum Arlequim astuto.
Nenhuma Colombina de amor desejosa.
Vi Pierrôs tristes...
Vi uma triste Rosa.
Rosa De Fátima