Trazei-me o que vos resta linda Inês
o vosso xale nos ombros perdido
trazei o que vós clama no peito
como se a viver o que não viveis.
Trazei em vós a morte que consome
esse destino de seguir sozinha
o vosso amor que se desfaz na face
e sublime mais cresce em vossa fome.
Trazei esse silêncio em vós contido
como se a colher no fim da vida
o que nunca vos fora prometido.
Esquecei no mais duro esquecimento
o que de vos lembrar já não se pode
o pressentir vosso pressentimento.
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Álvaro Alves de Faria,
São Paulo, Brasil,
in Sete Anos de Pastor
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