“O universal é o local sem paredes.” (Miguel Torga) "Escrever é um ato de liberdade." (Antônio Callado) "Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta." (Julio Saraiva)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

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Trazei-me o que vos resta linda Inês
 o vosso xale nos ombros perdido
trazei o que vós clama no peito
como se a viver o que não viveis.

Trazei em vós a morte que  consome
esse destino de seguir sozinha
o vosso amor que se desfaz na face
e sublime mais cresce em vossa fome.

Trazei esse silêncio em vós contido
como se a colher no fim da vida
o que nunca vos fora prometido.

Esquecei no mais duro esquecimento
o que de vos lembrar já não se pode
o pressentir vosso pressentimento.
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Álvaro Alves de Faria,
São Paulo, Brasil,
in Sete Anos de Pastor
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