esqueço ao sol o poema
secando num varal de palavras soltas
o poema tem os braços abertos
e o olhar perdido
como o do homem que ontem pela manhã
me veio pedir uma moeda
esqueço ao sol o poema
e antes que ele seque parto para a albânia
desenho um recado qualquer ao ocaso
pedindo que nenhuma palavra me acenda a memória
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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