deste pão preto não quero
desta água podre não bebo
deste fruto já não mordo
qualquer um eu não recebo
este incenso não me agrada
este mel me dá azia
quero um copo de veneno
e distância da poesia
não me falem mais em flores
dane-se toda a quimera
caso o telefone toque
não estou pra primavera
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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