dentro de mim mora uma tempestade
e dela não pretendo nunca abrir mão
no meu rosto as marcas da antiguidade
na falta de um sim esculpi o meu não
se sou retrato de um caso perdido
é sinal que nunca fugi da luta
derrotado não me dou por vencido
mesmo sendo um grande filho da puta
trago mortes sem fim na bagagem
lançando dados não creio na sorte
vou chutando as pedras do meu caminho
estou pronto pra qualquer viagem
e pouco se me dá se sul ou norte
pois tenho asas sem ser passarinho
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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