para Gisele ou Diana Balis, se ela assim preferir,
com seu sotaque carioca pesado, carregado nos esses e erres,
que me fazem bem aos ouvidos. ternura, consagro.
"Boa noite a todos
à minha chegada
sou mestra Diana
sou quem dou entrada
e a contramestra
madeira ela é
e o resto do bando
venha quem quiser."
Do poema Diana Pastora,
de Fernando Lobo,
com música de Mariozinho Rocha
tua alma safada colocou
o pé na minha frente
foi só por isso que caí
confesso que não sei dançar
a não ser na corda bamba
detesto polca prefiro samba
sofro de saudade de navios partindo
por isto estou sempre indo embora
tenho estas pilhas de livros
e o olhar impiedoso dos santos
a nos condenar ao fogo eterno
debaixo do cobertor azul
tuas pernas entre as minhas
mas nossas pernas não pensam
um gemido vale mais que mil poemas
depois corpos nus
dividem o cansaço do gozo
chuva suave só faz barulho lá fora
é por isso que sempre prefiro temporal
que caia de uma vez então
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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o bamba-samba fez-me pensar que ias sair por aí a rimar. mas ficaste na chuva caindo, no lirismo suave. impossível não enternecer. impossível não ficar a ver os navios partindo ao longe.
ResponderExcluiradmirável
abraço do
mário
mário,
ResponderExcluiresta rima de bamba com samba tá pra lá de batida por aqui rs rs rs... preferi deixar a chuva caindo sobre a musa. fica melhor. e a história do tombo é verdadeira. pra variar, eu tava de porre...rs rs...
abração, irmão poeta.
j.