Anjo torto, não sou grande leitor de Rilke,
meu coração é canhoto,
altermodernista de setenta e oito
mas vou, como foste, bicho,
desafinando o coro dos contentes
Até ao fim do fim do mundo, dos últimos dias em
Paupéria ou Porca Miséria,
buscando incessantemente a beleza
das dissonâncias e assonâncias
compondo o desconcerto sinfônico de isto tudo
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Bruno Sousa Villar,
Portugal
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amigo bruno,
ResponderExcluirse o torquato estivesse ainda entre nós, tenho certeza, mesmo tímido como era, lhe daria um abraço e um sorriso, mesmo sendo triste, portanto de pouco sorrir. mas acontece, cara, que esse anjo louco veio só dar só um passeio por aqui. não gostou do que viu e se mandou. parabéns, irmão poeta, você fez uma releitura fantástica do torquato. tomo a liberdade de agradecer no lugar dele. obrigado, bruno. e volte sempre. o currupião também agradece.
j.
Quem consertará
ResponderExcluiro desconcerto do Mundo?
Chamem Camões,
ele c'as mões
e a mente de raro
saber feito.
Quem tem coração canhoto
anda meio de banda?
Quem tem um anjo torto
tem bambém o olho torto?
Vai, Carlos, ser guache na vida
ou então, na lida dessa esparrela,
pinta uma aguarela.
Aproveitei para brincar um pouco. Parabéns, Júlio.
Caro José Carlos Brandão, desta vez (são tão raras) o Júlio não assinou o poema. O mérito deve-se a mim, aliás e sobretudo, ou até unicamente, ao próprio anjo torto do Torquato: sem ele o poema jamais seria escrito. O Júlio, amável como poucos, honrou-me com sua publicação no seu espaço de liberdade " Currupião". Obrigado, irmão transatlântico, obrigado também, senhor José Carlos Brandão.
ResponderExcluirNo dia em que estou a comentar o comentário do JCB celebra-se o dia mundial da Poeisis e o início da Primavera. Festa brava e boas entradas, pois então. Abraço a ambos