ao eduardo roseira, poeta e irmão
"Me dá só um dia
Não mais que um dia
Que eu faço desatar
A minha fantasia...
Só um santo dia..."
-Da canção de Chico Buarque e Ruy Guerra, para a peça
Calabar Ou O Elogio à Traição, proibida, na época, pela
censura.
o dia por si é só o dia
e já não pesa em nossas costas
por ser só o dia
o dia
um dia
basta um dia
por isso é só um dia
podre como todos os dias
daqui
do outro lado do atlântico
onde meninas apodrecem de síficilis e aids
os os homens se riem com poucos dentes na boca
e as crianças têm fome e frio
o que escrever numa cruz de sal?
já não me faz mais gosto
olhar a moça bela
da janela
pra me mim basta um dia
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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Os mares que separam continentes, levam e trazem nas suas correntes, laços fortes de solidariedade e amizade, que superam todas as distâncias, tornando os irmãos (filhos da Poesia) cada vez mais próximos...com um abraço de gratidão para ti meu irmão júlio saraiva
ResponderExcluirlembro-me desta canção que tinha bem guardada na altura.
ResponderExcluirum dia de cada vez na amizade, um dia de cada vez no sentir.
bj
roseira e duda, duda e roseira, obrigado pela visita. o currupião agradece e ama vocês.
ResponderExcluirj.