este eu dedico para sofia costa madeira, minha amiga portuguesa
a poeta hilda hilst
cercada de seus cães
lia poemas de amor na sala
sem que ninguém a entendesse
a poeta ana cristina cesar
atirava-se do 7° andar
do apartamento onde morava
no rio de janeiro
(tinha só 31 anos
e era linda
:morreu sem saber que foi
meu amor platônico)
o poeta álvaro alves de faria e eu
bebíamos conhaque vagabundo
no bar costa do sol
na rua 7 de abril
em frente à redação do diário da noite
onde trabalhávamos
e que hoje não existe mais
era outubro de 1983
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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Muito obrigada, Júlio. Diria quase cinematográfico, esse quase poema de 1983, ou de como os filhos das artes são sem dúvida imunes à vulgaridade.
ResponderExcluirAbraço,
S.
Sempre foi ao médico hoje?
ResponderExcluirdê uma olhada nos poemas do meu amigo álvaro alves de faria, que aliás deve estar por portugal lançando um livro. ele tem publicado muito aí. acho que é o mais português dos poetas brasileiros. aliás, quando sophia breyner morreu, ele estava em lisboa. trancou-se num quarto de hotel e escreveu um livro lindo de poemas pra ela.
ResponderExcluirNão conheço. Vou ver, então.
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