sexta-feira, 12 de outubro de 2012
POEMA OBSCURO
tenho um gosto de cacos de vidro na boca
mas posso ouvir da janela o dobrar dos sinos do convento carmo
teresa de ávila - a grande doutora - não quer ser mais minha amiga
joão da cruz não me recita mais os seus Cânticos
teresa de lisieux despreza o meu rosto
e manda dizer que não sou digno das suas rosas
meus santos todos se cansaram de mim
sou um homem sem prece e sem rumo
a caminhar torto pela Rua Direita
_________________
Júlio Saraiva
_________________
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário