1.
nada sei de ventos
nunca viajei de navio
meus naufrágios todos
foram sempre em
terra firme
2.
este nó de marinheiro
dentro do meu peito
que a cada dia me sufoca mais
já nasceu comigo
por isso
nunca vou conseguir
desatá-lo
3.
desejo
navegar até
que os ventos
se cansem
4.
marinheiro sem mar
divirto-me
preparando tempestades
para
a última viagem
5.
agora é tarde
meu navio não tem
mais volta
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Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
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Descobri-o através do Luso poemas. Resolvi fazer uma visita ao seu blogue.
ResponderExcluirGostei.
Parabéns pela sua escrita!
Abraço deste lado do Atlântico
pois adorei sua visita. volte sempre. que ela não seja efêmera.
ResponderExcluirabraço,
j.