teus olhos me falam todas as luzes
e teus passos guiam os meus caminhos
afastas o peso das minhas cruzes
com o leve roçar dos teus carinhos
e assim se eu me perco tu me conduzes
não vou no rastro dos que vão sozinhos
enfrento as balas de mil arcabuzes
se tenho teu beijo esqueço dos vinhos
se nos meus olhos havia neblina
vai-se num átimo toda cegueira
o velho que sou curva-se à menina
o mundo meu bem de vez que se dane
que sejas minha pela vida inteira
o resto se ajeita cris - cristiane
_________________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
__________________
sábado, 20 de agosto de 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
CARTA, QUASE POEMA PARA ANTÓNIA RUIVO, MINHA AMIGA
hoje
e bem hoje amiga
eu não devia escrever nada
mas falta-me o sono
palavra que tenho não vale o poema
e a voz se me vem
sai engasgada
porém acho guardados nas prateleiras
os poetas que mais gosto
passam por mim drummond e bandeira
passa a sophia
com aqueles olhos tão lindos
que por si só já eram poesia
passa a alegria
passa o vinícius
passa o o'neill
ambos imersos em bebedeiras
e passa o torga
e o quintana vem
passa a cecília
passa o gullar
tu passas e a madrugada já vem
só eu nesta vida
é que não passo meu bem
_________________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
_________________
e bem hoje amiga
eu não devia escrever nada
mas falta-me o sono
palavra que tenho não vale o poema
e a voz se me vem
sai engasgada
porém acho guardados nas prateleiras
os poetas que mais gosto
passam por mim drummond e bandeira
passa a sophia
com aqueles olhos tão lindos
que por si só já eram poesia
passa a alegria
passa o vinícius
passa o o'neill
ambos imersos em bebedeiras
e passa o torga
e o quintana vem
passa a cecília
passa o gullar
tu passas e a madrugada já vem
só eu nesta vida
é que não passo meu bem
_________________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
_________________
A MORTE POR ATAQUE DE DESUSO
trago no bolso de uma calça velha
num guardanapo de papel anotações
para um poema só com palavras mortas
vítimas de ataque de desuso
não sei quando e nem se vou terminar o poema
no entanto todas as madrugadas
levanto-me e vou ao cemitério dos alfarrábios
chorar lágrimas de letras por essas palavras mortas
vítimas de ataque de desuso
toda vez que choro essas palavras mortas
sinto que elas me acenam com mãos de condolências
e eu digo que sinto muito mas deixo como garantia
minha palavra - o poema qualquer dia sai
trago no bolso de trás de uma calça velha
num guardanapo de papel anotações
com palavras antigas que amanhã ou depois
me vão matar também e eu não vou poder fazer nada
a não ser morrer calado por ataque de desuso
_____________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
______________
num guardanapo de papel anotações
para um poema só com palavras mortas
vítimas de ataque de desuso
não sei quando e nem se vou terminar o poema
no entanto todas as madrugadas
levanto-me e vou ao cemitério dos alfarrábios
chorar lágrimas de letras por essas palavras mortas
vítimas de ataque de desuso
toda vez que choro essas palavras mortas
sinto que elas me acenam com mãos de condolências
e eu digo que sinto muito mas deixo como garantia
minha palavra - o poema qualquer dia sai
trago no bolso de trás de uma calça velha
num guardanapo de papel anotações
com palavras antigas que amanhã ou depois
me vão matar também e eu não vou poder fazer nada
a não ser morrer calado por ataque de desuso
_____________
Júlio Saraiva,
São Paulo, Brasil
______________
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)